Hoje (23), o Copom (Comitê de Política Monetária) e o BC (Banco Central), divulgaram um novo relatório sobre as expectativas da inflação para o ano de 2021: ela deve chegar em 5%. Como uma tentativa de controle da mesma, informaram que, na próxima reunião, deve ocorrer um aumento de 0,75 pontos, totalizando a taxa Selic em 3,5%.
Essa é uma tentativa de realizar o controle do dólar que promete deixar o ano custando R$ 5,70. A inflação pode ocorrer de várias formas, mas há um motivo específico pelo qual está ocorrendo em 2021 e 2022 em maiores escalas.
Dólar e taxa Selic: como influenciam na inflação?
Com o dólar mais alto, muitos agricultores decidiram que iriam exportar os alimentos para outros países, o retorno monetário seria ainda maior. Dessa forma, com a menor quantidade de estoques, os preços subiram mais e, com preços mais altos, há mais dinheiro circulando e, com maior circulação, há aumento da inflação e desvalorização do real. Consequentemente, com essa desvalorização, o dólar ficou ainda mais caro.
Algumas interferências políticas influenciaram para que isso ocorresse. Como exemplo, pode-se citar a tentativa de retirada do CEO da Petrobrás por Bolsonaro que fez a estatal perder R$ 102 bilhões e o dólar aumentar para R$ 5,77.
Uma tentativa de diminuir o valor do dólar é aumentar a taxa Selic. Ela faz com que os juros de empréstimos aumentem e que as poupanças passem a render mais, estimulando que os cidadãos guardem dinheiro. O intuito é diminuir a circulação do real e deixar a moeda valorizada e, consequentemente, o dólar diminuir. O intuito é que a taxa chegue a 5,1% até o fim de 2021. Especialistas dizem que, por enquanto, não é recomendado investir na poupança.
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