De acordo com Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa no governo Temer, um observador bastante privilegiado que conhece como poucas pessoas a elite das Forças Armadas, observou que desde o tuíte do general Villas Bôas, que a Política de armas de Bolsonaro pode ser um grande risco.
O ex-ministro publicou uma carta aberta para o STF, e enumera todos os problemas que podem vir a acontecer. No documento, Jugmann fala sobre a intervenção do Supremo para suspender alguns decretos do presidente, que facilitam e desburocratizam o acesso de munição e armas de fogo para cidadãos comuns.
Entrevistas
A BBC News Brasil recebeu Jungmann para uma entrevista, onde os principais argumentos do ex-ministro foram sobre o quanto essa política de armas de Bolsonaro causa um espectro horripilante e de guerra com a população brasileira.
Durante a entrevista, o ex-ministro também afirmou que os pedidos para intervenção dos militares por alguns radicalistas, dão ainda mais suporte e apoio para o desvio constitucional, ou qualquer golpe que possa vir a interromper a democracia.
Quando questionado sobre as eleições de 2022, não conseguiu ver maiores problemas ou qualquer tipo de interferência vindo dos militares, seja por qualquer candidato ou para continuidade dele.
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Sobre o armamento
A questão da política de armas de Bolsonaro sempre foi um assunto de segurança pública. Enquanto algumas pessoas debatem sobre a violência, é preciso debater sobre o que pode acontecer com mais armas.
O Presidente da República inclui ideologias que dizem que é preciso armar todos para resistir e não perder a liberdade, mas não há ameaças sobre o país para algum tipo de tirania. Esse tipo de ameaça não pesa sobre o Brasil, e ainda que sob pressão, não há força política de relevância para entrar nesse jogo democrático.
A história nos ensina que sempre que houve armamento da população, houveram reboques e tiveram massacres de etnias, golpes, tirania, e até genocídio.